top of page
  • Foto do escritorThiago Trindade

Calma, o mar está revolto, mas a bonança logo vem!


Estamos diante do maior desafio de nossa geração, quiçá também o maior ao menos das últimas três ou quatro gerações. Discorrer sobre os horrores do Coronavírus, sua impetuosidade, quem poderia ou não ter causado isto, as fórmulas mágicas e qualquer coisa do gênero, certamente não agregaria valor algum, até mesmo porque já possuímos uma miríade de veículos que já o fazem.

O objetivo deste post é justamente olhar para o contexto, como quem está varando a arrebentação das ondas, diante de um difícil e muitas vezes amedrontador desafio, mas com a esperança de que por trás de toda aquela agitação existe um lugar melhor, belo e cheio de boas oportunidades.

Eu ainda não surfo (muito bem,rs), mas tive a oportunidade de atravessar a arrebentação das ondas e acompanhar meus irmãos em um dia de prática, deste que é um maravilhoso esporte, muito por nos colocar numa posição de vulnerabilidade diante da poderosa e indescritível força da natureza e ao mesmo tempo, por nos constranger com a energia e conexão só percebidos por quem o pratica.

Meu irmão, um exímio e apaixonado bombeiro militar, que tem dedicado seus dias a salvar vidas, me ensinou bastante coisa naquele dia em que enfrentei o mar.

Primeiro, é necessário ter muita serenidade para encarar a empreitada da travessia, pois quando o turbilhão de água te revira, somente a calma e a certeza de que irá voltar a emergir lhe fará segurar a respiração, realizar os movimentos certos e subir à superfície mais uma vez.

Segundo, ele me disse que se eu encontrasse uma corrente marítima, que não me apavorasse, tampouco tentasse lutar contra ela, pois seria impossível vencer aquelas forças e certamente me colocaria em uma condição muito perigosa, onde pela extenuação, eu poderia rapidamente me afogar. O segredo ali era fluir pelas correntes, meio que como uma aliada e pouco a pouco, pela tangente, sair do centro da correnteza, nadando calmamente para um lugar mais seguro.

Terceiro, ficou claro que enquanto eu não trouxesse aquelas condições, a princípio contrárias, à meu favor, eu não poderia contemplar o principal objetivo daquela experiência ímpar, apreciar a natureza em sua integralidade, sentindo na pele o que só aqueles que enfrentam seus medos podem observar. Vale salientar que, coragem não é a ausência do medo, mas sim a atitude de enfrentá-lo, pois além dele, as águas são tranquilas.

Consegui sim depois de alguns "caldos" e muita água na cabeça varar a arrebentação. Pude contemplar a beleza do horizonte e também sentir em meu âmago algo indescritível, afinal, eu havia vencido meus temores e também havia adquirido novas e imprescindíveis habilidades para aquele contexto.

Para dar um tom mais prático, vou enumerar alguns pontos importantes aqui:

  1. O mar está sim revolto!, olhar e sentir a turbulência certamente nunca serão fáceis, mas como diz o grande Nassim Taleb em suas seminais obras, "é necessário ser Anti-Frágil", ou seja, aquele que busca em condições repentinas e inóspitas, recobrar a sanidade, olhar para frente e sair mais forte e preparado, com competências aprimoradas para o novo Mundo que já nos envolve.

  1. A vida jamais será a mesma, mas quem disse que será ruim? Traçando um paralelo de que aqueles que atravessam a arrebentação são colocados diante de um horizonte impar, certamente passar por este atual contexto nos colocará em um ambiente cheio de novas oportunidades, onde, aqueles que sentirem na pele as correntes marítimas e puderem usa-las a seu favor, aprendendo novas e imprescindíveis habilidades, poderão enfim gozar de uma nova e indescritível forma de viver, conduzir seus negócios e carreiras.

  1. Skin in the game: Como já diziam os antigos combatentes, "soldado bom é forjado na guerra". Nada é mais efetivo na escola da vida do que a experiência prática. Os livros e teorias nos dão um embasamento muito interessante, porém, é a vida real que faz com que os conhecimentos fixados na memória de curto prazo, sejam enraizados em novas trilhas neurais, formando as memórias de longo prazo. Sim, aquelas que farão parte integral do novo "EU" e que permitirão que surfemos em ondas jamais pensadas anteriormente (para os surfistas de plantão, não dá pra imaginar surfar as ondas de Nazaré ou mesmo de Pipeline, sem antes encarar as arrebentações do litoral norte paulista, rs).

Éric Ries em suas obras mais que conhecidas sobre a Startup Enxuta (The Lean Startup), nos ensina que é através da experimentação que podemos desenvolver produtos e serviços que estejam em real consonância com os mais profundos desejos das pessoas, ou seja, é colocando em prática, sentindo na pele, que alcançamos nossos grandes objetivos.

Como diz o grande Abílio Diniz: "não há bem que sempre dure ou mal que nunca acabe". Este momento turbulento vai passar e você pode sim sair muito mais forte e preparado dele. Aproveite para recobrar toda criatividade que você possui, pois é nos momentos de maior conflito e dificuldade que os grandes insights aparecem. Startups que hoje são grande símbolo de sucesso, muito por resolver problemas cotidianos, foram erguidas no ultimo grande Crash em 2008.

Você não precisa ser um novo unicórnio depois desta crise, mas certamente pode ser uma melhor versão de si. Todo novo dia é uma grande dádiva e oportunidade de fazer diferente. Enquanto há vida, sempre haverá esperança!

Do lado de cá, eu e meu time ficamos a disposição para apoiá-lo. Será um grande prazer colaborar.

Vamos pra cima!!

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page