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Planejamento Estratégico: um alvo ou uma direção?

Foto do escritor: Thiago TrindadeThiago Trindade

O Planejamento Estratégico é de fato um elemento fundamental para além da sobrevida de um negócio, é na verdade, crucial para a consolidação de vantagem competitiva sustentável à curto, médio e longo prazos. Mas se é tão importante, por que é muitas vezes negligenciado?

Quando levamos este tema para companhias que ainda não atingiram um nível de razoável maturidade em gestão, vemos um cenário ainda mais agravado.

O ímpeto do "vai lá e faz" bastante presente na veia do empreendedor brasileiro é louvável e por muitas vezes necessário, principalmente quando estamos falando de negócios que precisam suplantar as estatísticas relacionadas ao índice de mortalidade para novos empreendimentos e vamos concordar, os números deixam qualquer um de cabelos em pé.

Ouvi certa vez a seguinte frase de um grande palestrante: "Quem se antecipa governa!!". Confesso que o tema e abordagem mexeram comigo em vários aspectos, mas trazendo à realidade dos negócios, percebi que fazia todo sentido.

Barreiras muitas vezes encontradas em se dar a devida atenção, ou melhor, a devida energia ao Planejamento Estratégico, remonta à dificuldade de entender por onde começar e também da percepção de que se está buscando um alvo fixo, por vezes inatingível. Para este segundo tema, é necessário desmistificar alguns pontos.

O Planejamento não deve estar atrelado a um "Alvo", mas sim a uma "Direção". Muitos gestores confundem esta que talvez seja uma sútil diferença, e veem seus planos à deriva.

Tomando um bom exemplo do grande mestre em estratégia e gestão, Profº. Vicente Falconi, podemos comparar a estratégia a um braço apontado para uma direção. A estratégia de longo prazo seria o braço inteiro, este por sua vez, pode ao longo do tempo voltar-se um pouco para cima, quem sabe um pouco para baixo, para a direita ou para a esquerda, se adequando às demandas externas e internas. Este braço inteiro (estratégia de longo prazo) seria composto por cinco divisões ou fragmentos, uma conotação aos eventos táticos estratégicos e operacionais anuais. Com esta concepção, olhamos a longo prazo para uma direção aproximadamente concebida, mas que pode (ou deve) ajustar-se conforme os fragmentos anuais.

Vale a pena salientar que pensar estrategicamente não é difícil, mas sim trabalhoso, requerendo daqueles que já perceberam sua importância: foco, energia e principalmente disciplina em seu modelamento e desdobramento.

No próximo post falarei sobre alguns "Fundamentos do Planejamento Estratégico", que podem ser um excelente caminho de por onde começar.

Nós da Koncepto G&C temos paixão por colaborar e ouvir a voz de profissionais entusiasmados por gestão e comunicação corporativa. Comente ou insira aqui suas dúvidas.

Nos falamos em breve. Vamos pra cima!

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